15 de fevereiro de 2011

Selo Caminhar Sorrindo



Tá, o selinho é lindinho e atraente, mas eu não devia estar pagando um mico deste tamanho. A primeira postagem que li, foi muito legal e sem pestanejar, lembrei da sugestão de Felipa em nos convidar, a Regina e a mim pelo fato de termos feito já várias caminhadas, fui logo querendo participar. E agora? Tô morrendo de vergonha. Quis muito cair fora, fiquei louca de vontade, mas ....  tenho que enfrentar, mesmo sabendo que tenho coisinhas miúdas, até insípidas prá contar. Vamos lá:
Sete Brinquedos Que Nunca Tive

1- Uma bicicleta
2- Um piano grande
3 - Caixa com Jogos
4- Bambolê
5- Boneca grande
6- Livros
7- Caixas lindas onde vinham joguinhos de xícaras, ou panelinhas com fogões chiques.

Sete Lembranças Vergonhosas Da Infância

1-  Quando pela 1ª vez na minha vida, fui recitar uma poesia na festa da escola para homenagear Tiradentes e de repente, lá pela metade dela eu esqueci. Todos riram e eu morri de vergonha. Brasília estava sendo inaugurada.

2- Quando incitei minha tia Ninica a destruir uma muda de abacate do pomar de meu tio, um italiano bravo e bigodudo, e quando ele foi tirar satisfações com minha avó, ela, para mostrar que apesar de viúva, educava bem, deu uma tremenda surra nessa minha tia e eu muito esperta fui me esconder debaixo dos pés de minha mãe na máquina de costura e ela não permitiu que vovó me desse a tal surra.

3- Quando eu e minha tia jogávamos espigas de milho para os porcos, bem embaixo de uma arvorezinha que quase se arrastava pelo chão e nela havia uma caixa de marimbondos e eles, ao virem correndo para abocanhar o milho, eram ferroados e saiam grunhindo de dor e ríamos como loucas.

4- Era péssima em matemática, não decorava a tabuada e apanhava na cabeça com aquela régua de costura, de minha mãe.

5- Repeti a 4ª série primária por causa de matemática.

6- Assinar o sobrenome de minha mãe para me sentir da família dela ( só tinha o sobrenome de meu pai) que era grande e muito cheia de tios, tias e primas. Só meu nome era diferente. Quando descobriram, pela professora, riram muito e me fizeram muita gozação.

7- Tinha a letra feia, não tinha os cadernos caprichadinhos de menininha. Eu sabia que minha mãe era muito frustrada por isso. Punha-me a fazer cadernos e cadernos de caligrafia. Minha mãe não sabia que criança inteligente tem letra feia e caderno desorganizado. Ha! Ha! Ha!

Sete Lembranças Dolorosas Da Infância

1- Sentía-me diferente daquela enorme família; eu não me ajeitava no "ninho."

2- Quando descobri que eu não tinha pai para pedir dinheiro para o presente do Dia das Mães.

3- Quando eu queria muito que minha mãe comprasse livros para eu ler e ela não podia. Eu chorava muito e me revoltava.

4- Quando ela me proibiu de ver "Marcelino Pão e Vinho". Nem sei o que eu tinha feito para ela me castigar assim. A bem da verdade, eu acho que eu não consigo esquecer esse episódio. Ano passado, comprei a fita e assisti com minha neta.

5- Quando minhas tias, que eram mais velhas, aproveitavam-se de mim e numa noite, fritaram alho e me deram para engolir. Que horror. Hoje amo alho.

6-Quando eu quis uma sandália fina, de dedo, toda com galão bordado, última moda. Implorei chorando, mas minha mãe, coitada mandou fazer uma horrorosa no sapateiro com sola horrível de pneu de carro. Quase morri  ao ver aquela grosseria. Depois de crescida, só usei e ainda uso sandálias de dedo, uma mais bonita que outra. No momento quero fugir delas, mas só tem elas ou de idosas. (rsrsrsr).


7- E foi aqui, nesta farmácia, que nos meus 5ou 6 anos dei o meu maior show de birra, sapatendo, sentando bem calçada aos berros, me descabelando toda para arrancar a fita do cabelo, arrancado meias e sapatos dos pés e deixando minha mãe roxa de vergonha. Tudo porque eu ficara inebriada com o perfume, com o designer do vidro e pelas cores de esmalte. Eu queria um. E meu pedido foi um horror para minha mãe! Esmalte nas unhas era pecado e nas unhas de criança, então !!!! Minha nossa! Não ganhei o emalte, mas não deixei barato! E não é que a foto da farmácia da minha cidade de infância veio parar aqui na cidade onde eu moro atualmente? Essa foto minha neta tirou com celular, portanto não está legal e tinha gente na fila. No pôster bem abaixo, no lado esquerdo está escrito Marília- S.P - 1949.

Agradeço-lhes muito,  queridas amigas de além mar, por permitirem a minha participação nesse joguinho tão descontraído, mas que paguei mico, isso lá eu paguei!  Bem, não sei dizer se termina comigo ou para quem vai, se continua. Obrigada a todas!

14 comentários:

Lucinha disse...

Ai ai, ri muito desse post.
Isso não é pagar mico, é muito bacana lembrar essas coisas.
Recoradar é viver!
Tenha uma abençoado dia,
Beijos

Canela disse...

Que bonito!

Crianças são assim!!!!

Gostei muito da sua belissima partilha!

Beijinho fraterno.

Anónimo disse...

Que mico... é tão bom relembrar!!!!Gosto muito de saber mais das pessoas que admiro foi bem legal passar aqui hoje!!!


Beijos ") @Nanazudah
http://meninacajuina.blogspot.com/
http://gordinhasdointerior.blogspot.com/
http://opesodopreconceito.blogspot.com/
http://deliciasdaclarisse.blogspot.com/
http://descobertasdela.blogspot.com/
http://minhamusicalidade.blogspot.com/

Gisele Resende disse...

Querida Maria Luiza,

é tão bom recordar. Muito bom!

obrigada pela linda partilha,

beijos

Gisele

Regina disse...

Legal Maria Luiza, gostei de saber um pouco sobre vc.Eu ainda não vi convide da Felipa para essa caminhada e vc colocou meu nome.Vou procurar saber melhor sobre o caminhar Sorrindo. Abraços Regina.

Fernanda Rocha disse...

Querida Maria Luzia,

Que partilha mais linda, mais saudosa...

Parabéns pela humildade e coragem!!!

Beijo enorme no seu coração!

Fernanda Rocha disse...

Aff... Amiga, digitei seu nome errado no comentário anterior... Não quis excluí-lo. Retifico: Maria Luíza!
=)

Beijos e desculpe!

Maria Boneca Ateliê disse...

Olá Maria Luiza!!!! Que post lindo, cheio de memórias!!!!! Histórias de vida não são mico não!!!!!! Adorei!!!! Obrigada pelo comentário lá no blog, vou completar o post do Santo Antonio, valeu amiga!!!!
bjs
Carla

Dulce Gomes disse...

Ora amiga
só agora pude vir ler as suas memórias de infância mas valeu a pena, levo um sorriso bem grande, de orelha a orelha, eheh.
Beijo

Utilia Ferrão disse...

Ui mas que criança gostei mesmo dessa das sandalinhas de dedo com burracha de peneu...?
Ainda bem que estas sâo lindas e de boa qualidade.
Qualquer dia temos de comprar outras para atravessarmos a quaresma 20011.
Espero que não nos esqueças no teu grupo de oração.
Beijinhos
Utilia

A Capela disse...

Maria Luiza, que bom que partilhou connosco tudo isso. Me fez suspirar pelo piano grande. Sou vidrada naqueles de cauda e passava horas se me deixassem, atrás de uma montra se tivesse lá um.
Desculpa ter rido com o alho frito, mas é que também comi coisa que ainda nem sei o que era e meus irmãos me obrigavam a engolir de olhos fechado arghh... Criança sofre... eheh

Passa o selinho para a Regina, passa se ela quer, que Jesus vai passando junto por cada um dos nossos Blogues.

Beijinhos daqui deste lado do mundo.

Malu

teresa disse...

gostei muito de te ler , ri á brava , eh eh eh ...
ui o filme marlino pão e vinho , eu adoro este filme , em criança viu-o dezenas de vezes , que saudades deste filme ...
agora podes passar para a regina , e a regina pode passar para outra pessoa , desde que seja caminhante ,, olha por exemplo , a lucinha o padre jac , etc etc ,, tem é que ser caminhante.

beijinho ..

Felipa Monteverde disse...

Querida amiga, que menininha que você era, hem!
Eu também não tive um piano, mas tocava com os dedos por cima das mesas a fazer de conta, ficava fascinada pelos concertos que via na TV.
E bambolê, o que é?
Eu não consigo comer alho, apesar de gostar do sabor no tempero.
Beijo e boa noite

Ailime disse...

Maria Luiza,
Foi muito bom ler as suas recordações de infância.
Ainda estou a sorrir sobre seu "show de birra" na farmácia.
Também dei muito trabalho a minha mãe.
Muito engraçado.
No fundo todos temos sempre algo em comum. Todos diferentes, todos iguais...
Beijinhos e muito obrigada pela partilha.
Com o meu carinho e amizade,
Ailime

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